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9 fatores que podem acelerar o fim do home office em ambientes de tecnologia

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Marco Antonio Basilio

Head of People and Culture.

Home office se tornou uma realidade consolidada, sobretudo a partir do crescimento de riscos apresentado pela pandemia. Tal contexto exigiu que muitas atividades passassem a ser exercidas remotamente, com habitualidade jamais vista, em praticamente todas as profissões.

Porém, mesmo com diversas vantagens – seja para times ou lideranças – esse modelo exige muita disciplina de todas as partes. Apenas com base nesse princípio é possível tentar manter a produtividade, paralelamente à conciliação de atividades profissionais e pessoais – estas muito mais frequentes, à medida que se trabalha na própria casa.

Com a retomada da economia e a ampliação da vacinação no país, está ocorrendo um processo de retorno ao trabalho presencial por demanda de muitas empresas.

Contudo, diversos profissionais desejam continuar a trabalhar remotamente, por enxergar que gozam de ganhos pessoais e ainda redução de custos com transportes, alimentação e de tempo em relação as atividades presenciais.

E, nesses casos, as empresas têm avaliado a manutenção de home office em determinadas funções, agora em caráter permanente.

De qualquer modo, existem alguns fatores que podem acelerar o fim do home office e a necessidade de um retorno ao trabalho presencial. É isso que vamos abordar, priorizando experts de Tecnologia da informação.

Jornada dupla e possibilidade de perda de foco em resultados

 

Os profissionais de TI têm mais probabilidade de ser afetados com uma antecipação pelo fim do home office, devido à realização de jornadas duplas, ou seja, de colaboradores que prestam serviço a duas empresas de forma simultânea.

Comumente, esse é um aspecto que não impacta em determinadas profissões que reclamam cargas horárias com intervalos maiores e que, por isso, podem assumir compromissos com vários trabalhos, cujas jornadas ocorrem em momentos diferentes do dia.

Dito isso, vem se identificando uma situação comum de profissionais de TI: a de assumir demandas de diversas empresas, ocupando horários que deveriam ser de dedicação exclusiva.

Consequentemente, tornam-se frequentes ausências em reuniões, ou em momentos-chave do dia de empresas ágeis, como a “Daily”, gerando impactos sobre a entrega esperada para aquele elemento do time.

Se esse cenário permanecer ou se intensificar, o fim do home office dessa categoria se tornará inevitável.

Há algumas outras razões que podem encurtar o movimento de migração para uma jornada home office. Vejamos quais:

Falta de estrutura digital adequada

Há casos de empresas despreparadas digitalmente para conduzir home office. E isso tem sido um fator de grande impacto para a perda de produtividade – individual e coletivamente.

Em muitas situações, os próprios profissionais se deparam com problemas de conexão com a internet em suas residências, ou então não dispõem de equipamentos adequados de trabalho, usando seus recursos próprios – que podem apresentar nível inferior ao esperado.

Dispersão do conceito de equipe

Se não houver uma boa definição de atuação da equipe e ações que possam viabilizar o conceito de integração entre seus integrantes, certamente os trabalhos não atenderão a objetivos desejados.

Em muitos casos, pode ocorrer a necessidade de retrabalhos ou mesmo de esforço perdido.

Despreparo de lideranças quanto a fazer a gestão de equipes

A antecipação do fim do home office também pode ser derivada de conceitos gerenciais cujos modelos de comando e controle são rígidos. Assim, a exigência de ter a equipe reunida e sob supervisão presencial é bastante requisitada.

Dificuldade de acompanhamento de atividades

A falta de clareza nas tarefas é outro fator que impacta no home office do pessoal de TI. O contato direto contínuo auxilia a gestores que controlam o desenvolvimento dos projetos e suas execuções – ou que optem por microgerenciamento.

Monitorar esses trabalhos remotamente é limitado, devido a falta de estrutura de elementos de controle e assim podem impactar em falta de visão dos gestores sobre as equipes e profissionais.

Descumprimento de prazos

Quando se dividem tarefas entre mais de um gestor, a produtividade tende a ser comprometida.
Esse aspecto é determinante para antecipar o fim do home office nas equipes de TI.
A preocupação com a queda de produtividade pode ser um fator determinante para isso, mesmo que o profissional não exerça atividades paralelas profissionais, mas priorize aspectos pessoais.
Quando a estrutura de casa não permite definir um local e foco no trabalho a tendência é ocorrerem distrações e redução do ritmo de trabalho.

Qualidade comprometida

Um dos fatores que estão relacionados a perda de foco é a qualidade de produtos apresentados.

Em ambientes presenciais, os analistas e técnicos estão sob forte observação contínua e, normalmente, não conseguem abandonar seus trabalhos para a solução de outras atividades.

Essa é uma situação que se mantém sob certo controle quando de trabalha presencialmente e no home office se torna mais difícil.

Entretanto, é importante destacar que muitas vezes o que está faltando em ambos os casos é a definição clara de objetivos e prazos a serem atendidos, pois quando bem definidos, dificultam procrastinações e possibilidades de realizar tarefas diversas.

Ruídos na comunicação

Problemas na emissão de comunicação entre os profissionais e suas lideranças, sempre impactam em resultados diferentes dos esperados.

No home office, há a possibilidade de tais ruídos somente ser percebidos na entrega. Isso traz consequências para os resultados desejados. Ou seja, trata-se de mais um fator importante que pode ser gerador de antecipação do fim do home office.

Riscos de demandas contínuas sem respeitar horários

Um dos fatores que pode ocasionar o fim do home office de maneira mais rápida, é o excesso de demandas fora dos horários definidos de trabalho.

O uso de recursos de comunicação on-line facilita a perda de limitação de horários e pode resultar em demandas enviadas em ocasiões inadequadas.

Esse tipo de situação pode provocar diversos problemas emocionais e chegar até mesmo a culminar em assédio moral. Várias situações de doenças ocupacionais têm sido relatadas por profissionais de diversas áreas, inclusive com a identificação de síndrome de Burnout – capaz de causar uma série de danos a profissionais e empresas, com impacto na rotina de trabalho.

Considerações finais sobre fim do home office

A antecipação do fim do home office nas empresas pode ocorrer por diversos fatores. Porém, para os profissionais de TI têm sido mais provável por situações que podem estar relacionadas a oferecimento de seus serviços em paralelo a responsabilidades já assumidas.

Isso causa impacto bastante significativo na qualidade dos trabalhos e podem ser identificados pela variação de produtividade ou por ausências em momentos importantes nas empresas.

O momento exige que a confiança e transparência permaneça na relação profissional e, assim, permitirá que o home office seja contínuo. Caso contrário, a possibilidade de interrupção desse modelo pode ocorrer com mais rapidez.

O fato é que home office é uma conquista significativa e propõe diversos fatores de sucesso pessoais e profissionais.

Entretanto, sua permanência tem de se basear na autonomia, confiança e delegação de atividades e decisões, além de respeito e colaboração. Caso isso não ocorra, o trabalho à distância fica prejudicado.

Fontes:

https://www.supero.com.br/blog/8-dicas-de-sucesso-na-gestao-de-equipes-remotas-de-ti/

https://digitalinnovation.one/artigos/o-profissional-de-ti-no-home-office-em-plena-pandemia


https://www.inforrede.com.br/trabalho-remoto-desafio-para-gestores-e-equipe-de-ti/

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