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Olhar presente para o futuro

Como é sabido, a pandemia impulsionou inúmeras tendências, algumas novas e outras remodeladas, que indicam qual será a realidade de mercado em um futuro próximo. A área de Recursos Humanos precisa acompanhar e fazer parte desse movimento para ganhar destaque em sua atuação dentro das empresas.

A primeira tendência que tenho notado é sobre o perfil comportamental e de competências que o mercado espera dos profissionais, o que traz à tona o equilíbrio entre hard e soft skills.

Hard skills são o conjunto de conhecimentos e habilidades técnicas que podem ser aprendidas e comprovadas. Soft skills são os comportamentos e as habilidades psicossociais de um profissional.

Esses termos estão em alta no mercado de trabalho, porque, segundo uma pesquisa da Universidade de Brasília, 54% dos 30 milhões de empregos formais no Brasil podem ser substituídos por máquinas até 2026. Dessa forma, habilidades comportamentais que não podem ser automatizadas ganham ainda mais relevância em um mercado que busca profissionais, não apenas por suas competências técnicas, mas também, por habilidades individuais que se somem a cultura da empresa.

 

As quatro soft skills do futuro que podem (e precisam) ser desenvolvidas agora são:

  • Adaptabilidade: por conta dos modelos e espaço de trabalho diversificados e a constante necessidade de mudança do negócio, a rápida adaptação das práticas de RH se faz necessária, assim como, a forma de atrair e engajar talentos, e de se relacionar com os colaboradores.
  • Comunicação: escutar efetivamente as pessoas é, e sempre será, um diferencial para os resultados. Já superamos a era das suposições. Agora, é preciso conhecer o dia a dia das equipes e saber o que realmente atrai e engaja profissionais.
  •  Auto-gestão: nossas equipes precisam de pessoas autônomas, que assumam o controle e consigam entregar resultados satisfatórios por conta própria.
  •  Inteligência emocional: autoconhecimento e saber lidar com situações adversas e inesperadas são habilidades esperadas do RH (e de todos os profissionais).

Outros grandes fatores que influenciam as transformações que vivemos são a tecnologia, a automatização de processos, o home office e trabalho híbrido. Eles contribuem tanto com o processo de declínio de algumas funções, quanto aceleram o surgimento de tantas outras. Entre as em emersão, estão profissões estratégicas voltadas ao digital, a análise de dados e gestão de pessoas.

Por isso, a área de Recursos Humanos tem nas mãos grandes oportunidades para se reinventar e, também, gerar resultados para as empresas.

Do ponto de vista empresarial, podemos agregar a estratégia e resultados de três principais formas:

 1º) Investindo o tempo do time de recrutamento na análise das soft skills e fit cultural de profissionais durante as entrevistas. 

A área de Recursos Humanos precisa alinhar estratégia de negócio, performance, pessoas e cultura em um só lugar para, assim, suprir as demandas e vencer os desafios. Se o presente e o futuro são sobre pessoas, então, ele começa no RH.

2º) Assumindo a missão de construir programas cada vez mais eficazes para requalificar e desenvolver habilidades relevantes para a organização em seus colaboradores. 

De acordo com uma pesquisa da McKinsey, a requalificação em escala é uma preocupação e prioridade para 80% dos executivos em todo o mundo. Será necessário requalificar porções significativas da força de trabalho nos próximos cinco a dez anos, sendo que o desenvolvimento das soft skills é um elemento-chave.

3º) Antecipando tendências de mercado. 

Especialistas apontam modelos de trabalho cada vez mais descentralizados como tendências para o RH, ou seja, não podemos mais alicerçar políticas e práticas das empresas em um cenário de trabalho majoritariamente presencial. Os atuais modelos de avaliação de desempenho já estão passando por uma remodelagem, tornando os ciclos mais curtos e objetivos, e intensificando a cultura de feedback no cotidiano das equipes e liderança.

 

Isso não é apenas crucial para negócios, mas, também, para o crescimento individual e pessoal de cada profissional.

Diante deste cenário, o profissional de RH precisa desenvolver novas skills para gerar ainda mais valor para as organizações e manter a gestão de pessoas no centro do negócio. É necessário ter clara a relação que eu chamo de “Tecnologia versus Humanologia”. Saber gerar, analisar e interpretar dados para uma tomada de decisão rápida e embasada se faz necessário em um ambiente repleto de pessoas diversas, com diferentes expectativas e demandas em relação ao trabalho. Utilizar a tecnologia a favor da análise e diagnóstico e pautar as decisões sem deixar de lado a habilidade e função de Recursos Humanos é a humanização das relações no trabalho.

 

O RH tem o papel de disseminar a inovação, ser vetor da transformação, apoiar o desenvolvimento de pessoas e agregar valor à estratégia do negócio.

Então, se você é um (a) profissional de Recursos Humanos, enxergue tendências, busque desenvolvimento e continue com seu olhar humano para alavancar os resultados da empresa e o potencial de pessoas.

 

Escrito por Alexandre Fleury.

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