Não é de hoje que a área técnica se desprende da atenção total nas hard skills. Foco, visão estratégica, entregas de qualidade e alta performance são apenas algumas das características de quem adota o “senso de dono” como uma prática em seu dia a dia. Além disso, essa é uma das poucas qualidades que passam efetivamente por todas as áreas de ambas as camadas da pirâmide de habilidades (soft e hard skills).
Afinal, o que há por trás do “senso de dono”?
Iniciemos pela definição. O termo “senso de dono” pode ser entendido como um conjunto de abordagens críticas que colocam o profissional numa posição onipresente dentro do projeto, como demonstram as três indicações e suas respectivas perguntas-chave. Vamos as indicações:
1) Coloque-se no lugar do gestor
“O que meu produto tem a oferecer fora do escopo corrente do projeto e dentro da visão da empresa? O que ampliaria o rol de ferramentas e que diferenciariam meu produto da concorrência?”.
2) Coloque-se numa posição crítica quando pensa no seu lado técnico
“Como aperfeiçoar o que já existe? E como inserir novos padrões técnicos no que ainda está sendo desenvolvido para maximizar o desempenho?”.
3) Coloque-se no lugar do usuário
Esteja sempre atento ao fato de que o usuário tem um perfil muito plural; seja no quesito cultural, financeiro ou do nível de conhecimento acerca do seu produto. “Por que a quantia de etapas para fazer o que eu quero não é menor? O que há de custoso ou burocrático para concluir uma ação dentro do produto? O que falta para eu considerar esse produto o melhor da sua categoria? E quais são as desvantagens que me levariam a considerar migrar para a concorrência?”.
Cabeças proativas deixam sua marca no backlog e, quando presentes em todo o processo, profissionais da área técnica têm a oportunidade de conquistar destaque e privilégios dentro de sua posição como autonomia e voz ativa na tomada de determinadas decisões – e não é falácia!
As vantagens continuam de acordo com a posição: para um gestor, oferece destaque ao seu produto que é, afinal, o que agrega ao portfólio profissional; a um bom técnico, confere estabilidade e performance que são os atestados da qualidade de suas hard skills; para um profissional conectado ao usuário, emprega boas práticas de usabilidade, experiência de usuário e retenção de clientes que formam a mais importante base para manter o ciclo de vida do seu produto muito mais duradouro e rentável. E quando essa base é firmada, o sucesso é garantido.
Outra lição importante é: ideias também devem partir da área técnica!
Não somos máquinas de operar demandas para finalizar projetos, somos projetistas de experiências singulares, nascidos para engajar uma pluralidade de clientes em busca da excelência.
Com todas as dicas à sua disposição, qual sua postura diante delas? Você já tem ou pretende adotar a filosofia do senso de dono?
Não fique parado, faça parte desse perfil quente no mercado de trabalho! 😉
Escrito por André Marcelo Guaringue.