Muito tem se debatido sobre como criar produtos digitais que sejam inovadores, que resolvam os problemas dos clientes e que atendam às necessidades de negócio da empresa com um time produtivo. Uma forma muito útil de garantir que o produto seja realmente eficaz e que o time saiba o que irá desenvolver e entregar é modelo de trabalho organizado pelas fases Upstream (Discovery) e Downstream (Delivery).
Times eficientes e eficazes costumam ter, além das hard e soft skills dos integrantes da equipe bem desenvolvidas, um fluxo de trabalho que proporcione visão estratégica, sistêmica e otimize demandas.
O fluxo de trabalho nada mais é do que o modo com que os processos são organizados e executados. Ele serve para esquematizar e criar um padrão repetível e sequencial das atividades que devem ser realizadas por uma equipe e/ou empresa.
Para ter um fluxo bem estruturado é muito importante utilizar abordagens, ferramentas e métodos já testados e validados.
O que é upstream e downstream?
O Upstream é a fase em que se faz o filtro, a triagem das demandas a serem desenvolvidas por um time. É nela em que hipóteses, ideias e necessidades são validadas ou descartadas. A segunda etapa, Downstream, é onde acontece a definição do que será feito ou desenvolvido e se mapeia tudo o que é necessário para realizar a entrega.
Assim como o Discovery que nada mais é do que a descoberta de novas ideias no momento de discussões para geração de novos produtos validadas para o backlog, e Delivery que é a transformação dessas ideias em produtos prontos para o mercado.
Como funciona a triagem de ideias (upstream)?
Essa primeira etapa é dividida em 3 raias: ideias, priorização e aprovado para Desenvolvimento ou para Planning.
As ideias ou necessidades são apresentadas e o time, normalmente o Product Owner (especialista do produto ou negócio) com a ajuda do Agile Master, Product Designer, UX e UI, avaliam o valor das ideias, as refinam e priorizam de acordo com os objetivos que a empresa deseja alcançar (lembrando que os times e especialistas podem variar conforme a característica do negócio ou área).
Após isso, a ideia é levada até o ponto inicial de downstream, a raia “pronto para desenvolvimento”/“planning”. As equipes, na maioria das vezes, não são as mesmas. A fase de DS costuma envolver profissionais que garantem uma boa execução do trabalho.
Para que serve o downstream?
O downstream acontece quando as ideias que já foram priorizadas começam a ser refinadas, ou seja, é o fluxo de desenvolvimento dessas demandas. Ela se refere a todas as etapas seguintes ao fluxo de trabalho a partir do backlog de itens gerados no upstream.
Abaixo podemos considerar um quadro kanban end-to-end que contempla tanto o upstream como o downstream.
Quais os benefícios de adotar esse modelo de trabalho
A utilização do sistema Kanban de maneira end-to-end, que considera tanto o upstream quanto o downstream, promove benefícios tanto internos e quanto externos.
Quando falamos dos benefícios internos, a estratégia permite eliminar demandas antes mesmo delas irem para o time de produção, possibilitando que todas as partes envolvidas no processo entendam o que estão fazendo e, principalmente, por que estão fazendo. Isso potencializa o processo de inovação bem como a visão constante para as necessidades dos clientes.
Do ponto de vista externo, se a estratégia for customer centric (extremamente recomendado que seja), é possível criar um fluxo estável de demandas e de trabalho, resultando em entregas de valor constantes.
Isso gera economia de tempo, de custos e faz com que o cliente perceba um maior valor nas entregas.
Este é um pequeno conceito dentro de uma visão mais ampla de desenvolvimento de produtos digitais e a Deal pode te ajudar. Se quiser saber mais sobre o nosso serviço ou caso queira falar com nossos especialistas, acesse nosso site www.deal.com.br.
Escrito por Carlos Eduardo Torres.